Da cor do vazio

 O que é a arte? Essa pergunta é motivadora de extensas discussões e polêmicas, uns gritam que é expressão, outros dizem que é beleza, até o blog bakana já brincou de discutir os limites do conceito de arte, mas a verdade é uma só: arte é algo que de alguma forma provoca o espectador, instiga seu pensamento, seu estômago, seus olhos.
Yves Klein, natural da Nice na França, nasceu em 28 de abril de 1928. Filho de pintores, começou sua experiência artística cedo. E precocemente, provocar o espectador através das cores e do movimento.
Mais do que um percussor de um neo realismo, ou da pós modernidade, Klein é um ser que busca a experiência da arte. Com isso seus trabalhos monocromáticos retratavam a sua forma de pensar a arte. Seu trabalho quase todo invisível, passa a ser visível com a presença de rosas, dourados, e sobretudo azul. O azul que ele patentou como Azul Klein Internacional.
O que o preenche como artista é o Vazio. Seu nirvana artístico, celebrado em manifestações do artista como a venda de espaços vazios em Paris a preço de ouro, afim de equilibrar a situação criada por ele - vazios a preço de ouro - Klein jogou todo o metal arrecadado no rio Sena.
Sua obra é extensa, passa por esculturas, fotografias, pinturas e performances. Modelos imprimindo corpos em grandes telas enquanto uma sinfonia executa a música que ele mesmo compôs, de uma única nota, seus pincéis humanos, Anthropométrie de l’époque bleue.
Não existe um limite entra o vazio e o cheio quando o assunto é arte, a linha é tênue e a linguagem pode ser um salto, como na foto de Yves, ou uma tela preenchida por completo com a cor mais conhecida do artista.  A cor total, o bloco de pigmento é uma forma de vazio, não há espaço para mais nada, e há uma infinidade de possibilidades para usar a cor. 


Na moda a tendência que mais expressa essa dicotomia sentidos para o uso da cor é o Color Blocking, usar blocos de cores chapadas, sem interferência de estampas. Só a cor pura. 




 O uso de laranja + azul + verde, surpreende o espectador da rua. Moda também é arte, uma vez que assombra, instiga o desejo, o choque, a dúvida. Será?
Abusar das cores em passeios descontraídos ou eleger uma matiz para destacar no look trabalho.
Para homenagear o artista contemporâneo seu azul complementa todas as produções com um toque alegre e artístico.
A tendência de experimentar nunca sai  de moda!

Deixar tudo azul: o vestido, as unhas e o mundo;

Yves Klein - Blue Women Art - 1962

sites legais para continuar pesquisando: 

> Obvius Mag

> Color Blocking na make